segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Portual

Eulália,

Estou em Genebra, fui três vezes esfaqueado pela legislação dos ventos que encerram essa década. Poderia expandir panoramas históricos, anexar notícias e essas coisas do euro, mas os contextos insolúveis foram banidos de me permear. Falam francês, ça m'est égal, vultuam les miserables sous le ciel de Suely. Os contextos me desalentam, são quatros horas e os contextos já me desalentam, estou paralelo a infinitos trópicos que me desalentam. O conceito de me desfazer impregnou pequenos ladrihlhos dessa rua, não conhecem seus passos, a não ser pelo(s) já passado(s) que a continha(m). Adiantei as pequenas e esparsas perenidades que nos fizeram findos. Coexistiram nossas contra-mãos o suficiente. Despendi seus pertencimentos por em mim não terem sido fecundados. A parede intra-uterina descamou meus planos. Se vieres não tão alta verás que a meus pés aprendi a cultivar qualquer razão para movimento. Quis te enviar carta curta para cortar teus cárceres de tempo, calcário trato a todo corpo-vento. Entendi a caótica catarse e quis sobressaltar-te tanto quanto síncope catalítica ou contra-tempo; não questionei quando continhas tantos tensos tatos que te cercavam tal qual iconoclástico latifúndio. Perder-te teceu meus escassos contrapontos, tratou de utilitar continentais tralhas que, taciturnas, trituram minhas entranhas pra cacete. O aluguel aqui é caro, procuro alguém pra dividir
a vida
no entanto
não me é. Os versos estão para que a prosa não se perca mais em atos falhos conjuradores dos pronomes pessoais em segunda pessoa quando me refiro a qualquer falta. Não és tu, a falta me fazia a mim mesmo; é esse idioma habituado a servir às ilusões diárias como a seu exército. Nem sei porque me explico, a dialética das justificativas me armazena entrópico.

Valentín

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